terça-feira, 31 de janeiro de 2006

114. Queda de neve / Recortes da imprensa

A VAGA DE FRIO QUE AFECTA PORTUGAL PROVOCOU A QUEDA DE NEVE NA PENÍNSULA DE SETÚBAL DURANTE A TARDE DE ONTEM

Na Península de Setúbal, a neve caiu em vários concelhos, algo que, em várias localidades, já não acontecia há quase meio século.
Segundo o SNBPC, em declarações à Lusa, a neve caiu ontem na cidade de Setúbal e nos concelhos de Almada, Barreiro e Palmela. Em nenhum destes concelhos do distrito de Lisboa se registaram problemas derivados à queda de neve, acrescentou fonte oficial do SNBPC.


FONTE: Distrito Online, Informação Regional de Setúbal (30/01/06)


VAGA DE FRIO – NEVE CHEGOU À CIDADE DE LISBOA E CONCELHOS DO ALGARVE E ALENTEJO

A vaga de frio que assola o país está a provocar a queda de neve na cidade de Lisboa, Azambuja, Cadaval e Torres Vedras, na serra de Monchique e em onze distritos de Évora. Existem troços cortados ao trânsito na A1, A8, A15 e A6.
A queda de neve obrigou ao encerramento das auto-estradas A1, entre Santarém e Pombal, A8, entre Bombarral e Torres Vedras Norte, A6, entre Montemor-Este e Estremoz, e A15, entre Malaqueija e o nó da A1.
Continua ainda encerrada ao trânsito, desde as 17h30 de ontem, a estrada nacional 315, entre Alfândega da Fé e Bornes.
O gelo mantém condicionada a circulação na A4, no sentido Porto/Amarante, entre os quilómetros 42 e 43.
Segundo os bombeiros do Algarve, os flocos de neve começaram a cair às 11h30, no Alto da Fóia, serra de Monchique, e nesta altura, existe já uma altura de cerca de dois centímetros".A queda de neve na Fóia - ponto mais alto do Algarve - não acontecia há cerca de três anos.
Até ao momento não se registou qualquer acidente, esperando-se algumas dificuldades durante a tarde, até porque "a novidade fará com que muitos curiosos se desloquem para aquela zona".
Os concelhos do distrito de Lisboa onde está a nevar são Azambuja, Cadaval e Torres Vedras, informou o Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC).
Mais a Sul, o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora avançou que cai neve desde a manhã em onze concelhos, entre eles Évora, Redondo, Montemor-o-Novo, Vila Viçosa, Mora, Arraiolos, Borba, Alandroal, Reguengos de Monsaraz e Portel.
A serra de S. Mamede, Portalegre, "acordou" coberta por um manto branco devido à neve que caiu durante a madrugada. Dezenas de pessoas foram até à serra apreciar a paisagem. A camada de neve atingiu uma espessura de cerca de seis centímetros no ponto mais alto, a 1025 metros de altitude, onde se registava, cerca das 11h00, uma temperatura de um grau negativo.
Na localidade de Marvão, a neve também começou a cair ontem à noite, sendo ainda visível, esta manhã, no interior das muralhas da vila candidata a Património Mundial da Unesco.
Tanto na serra de São Mamede como em Marvão é habitual a queda de neve no Inverno, quando as temperaturas baixam significativamente, mas o mesmo já não acontece em Montargil, concelho de Ponte de Sôr, onde também hoje está a nevar.
Na serra da Estrela, a Estrada Nacional 339, que liga Piornos, Torre, Sabugueiro, no maciço da Serra da Estrela, reabriu ao trânsito às 10h40. De acordo com a BT, neste momento estão transitáveis todas as vias do distrito da Guarda.

Fonte: Jornal “O PÚBLICO” Online (29.01.2006 - Lusa)

VAGA DE FRIO: NEVA EM SETÚBAL E EM 16 CONCELHOS DE LISBOA

A vaga de frio que afecta Portugal está a provocar a queda de neve na Península de Setúbal, em Lisboa e em 15 outros concelhos deste distrito, segundo disse à Lusa fonte do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), cerca das 16:40.
Na Península de Setúbal, nevava na cidade de Setúbal e no concelho de Palmela. Segundo o último balanço do SNBPC, a neve caiu hoje nos concelhos de Almada, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Barreiro, Bombarral, Cadaval, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Sobral de Monte Agraço, Mafra, Loures, Lourinhã e Sintra.
Em nenhum destes concelhos do distrito de Lisboa se registaram problemas derivados à queda de neve, acrescentou fonte oficial do SNBPC à Lusa.
A Câmara de Lisboa accionou um plano de contingência devido ao agravamento das condições climatéricas e vai abrir um centro e três estações de metro para apoiar os sem-abrigo.
Os sem-abrigo podem dirigir-se a um centro de apoio no Regueirão dos Anjos, com capacidade para 200 pessoas, e abrigar-se nas estações do Metropolitano do Socorro, Baixa-Chiado e Sete Rios que vão estar abertas durante toda a noite, acrescentou fonte do gabinete do vereador com o pelouro da Acção Social, Sérgio Lipari Pinto.
A autarquia mobilizou também a Polícia Municipal e já tem equipas na rua a recolher pessoas.
Às 15:00 estavam 0,5 graus em Lisboa, abaixo dos 4 graus que o Instituto de Meteorologia previa como temperatura mínima, e caía neve na cidade.

FONTE: Diário Digital / Lusa (29-01-2006)
Vaga de frio: cai neve em plena Lisboa

A vaga de frio que afecta Portugal está a provocar a queda de neve em plena cidade de Lisboa. A neve caiu ainda nos concelhos de Alenquer, Amadora, Azambuja, Cadaval, Torres Vedras, Vila Franca de Xira, Mafra, Loures, Lourinhã e Sintra.
De acordo com a meteorologista Paula Leitão, contactada pela Agência Lusa, a vaga de frio que está a provocar queda de neve em vários pontos do País deve-se a uma massa de ar muito fria associada a uma depressão com precipitação. A meteorologista informou ainda que a massa de ar se está a deslocar para Sul.
Estradas cortadas
A A8 está cortada ao trânsito, entre os nós de Bombarral e Torres Vedras Sul, desde as 13:45, devido à neve e ao vento. A A1 mantém-se encerrada entre Pombal e Aveiras, embora se preveja que dentro em breve reabra o troço Pombal-Leiria. Há cortes ainda na A6, entre Montemor-o-Novo e Estremoz. A A15 está cortada ao trânsito.
A melhoria do estado do tempo no Norte do País, nomeadamente em Trás-os-Montes e Minho, tem permitido a reabertura de vias que estavam também encerradas ao trânsito devido ao mau tempo. Além da queda de neve, têm-se registado trovoadas e rajadas de vento em algumas zonas.

Neve chega ao Algarve

A neve chegou mesmo ao Algarve registando-se uma queda significativa na zona da Fóia, na serra de Monchique. De acordo com os Bombeiros de Monchique, os flocos de neve começaram a cair cerca das 11:30, no Alto da Fóia, e nesta altura, «existe já uma altura de cerca de dois centímetros». A queda de neve na Fóia - ponto mais alto do Algarve - não acontecia há cerca de três anos.
Prevê-se uma melhoria do estado do tempo durante a noite e uma subida da temperatura e céu limpo para segunda-feira. Paula Leitão adverte, contudo, que a noite será ainda muito fria, com tendência a que as zonas onde nevou fiquem com uma camada de geada, tornando particularmente perigosa a circulação nas estradas.

Fonte: TVI Online (2006-01-29)

Clima: Neve no Caldeirão (Espectáculo branco não se via há meio século)

As populações da serra do Caldeirão foram ontem surpreendidas por um manto de neve que, a partir das 22h00 e durante toda a madrugada, cobriu as terras do interior centro algarvio. Desde o dia 2 de Fevereiro de 1954 que não se verificava tal fenómeno nesta zona do Sul do País.
As baixas temperaturas, a rondar os zero graus, que se verificaram na madrugada de domingo, aliadas à pluviosidade, ocasionaram a queda de neve nas terras mais altas dos concelhos de São Brás de Alportel, Tavira e Loulé. Nalguns locais, como no Barranco do Velho, Montes Novos, Cortelha e Parises a neve chegou a atingir 20 centímetros de altura.
No alto do Malhão também um forte nevão cobriu aquele monte de branco. As localidades de Messines e de São Marcos da Serra foram, igualmente, contempladas com a queda de neve, embora em quantidade inferior à verificada no Caldeirão.
Uma novidade presenciada por milhares de pessoas que, apesar de se tratar de um dia de semana, se deslocaram até àquela serra.
Autocarros da Câmara Municipal de São Brás de Alportel transportaram alunos das escolas do concelho até à serra. As brincadeiras com as bolas de neve substituíram as aulas num dia diferente, muito frio, mas extremamente animado.
Ricardo Reis, nove anos, aluno do 9.º ano da escola local, excitado pela novidade, explicava que “isto é mais bonito do que pensava e dá para brincar à grande”, afirmou ao CM o jovem, enquanto se entretinha a atirar bolas de neve aos colegas.

MONCHIQUE DE BRANCO

A serra de Monchique acordou ontem pintada de branco, devido à queda de um forte nevão durante a noite. A neve chegou a atingir nalguns locais cerca de 30 centímetros de altura, cobrindo a própria vila. De acordo com populares, há 23 anos que não se verificava um nevão tão forte.
“Eu conheço a Fóia como a palma das minhas mãos, mas ontem à noite andei perdido. O vento levantava a neve e não conseguia ver a estrada. A minha sorte foi seguir um trilho feito por um carro dos bombeiros para conseguir sair de lá”, referiu ao CM Carlos Inácio, residente junto a Monchique.
A neve provocou durante o dia de ontem uma romaria de visitantes à serra de Monchique, embora em menor número do que no domingo, altura em que apenas nevou no pico da Fóia, transformando aquele local no destino de milhares de curiosos.
Para muitos tratou-se da primeira vez que viram neve. Foi o caso da brasileira Suelândia Varela, que confessou estar a viver “uma experiência fantástica”. Um pouco por todo o lado, miúdos e graúdos divertiam-se a lançar bolas de neve uns aos outros e a tirar fotografias, para mais tarde recordar.

VIU NEVAR 52 ANOS DEPOIS

Maria José Dias, moradora nos Parises, no concelho de São Brás de Alportel, aos 83 anos, nem queria acreditar naquilo que os seus olhos viam quando ontem acordou para a faina diária de alimentar os seus bichos.
“Estava tudo branco. Fez-me voltar meio século atrás, quando em Fevereiro de 1954 também fomos surpreendidos quando tudo se cobriu com o nevão que então caiu em todo o Algarve”, recorda a idosa, que considera ter “nesse ano caído uma quantidade maior de neve, o que nos obrigou a ficar em casa vários dias, pois como não havia sol, demorou mais tempo a derreter”, recorda.
Maria José foi novamente surpreendida, não dando por nada durante a noite. “Antes de me deixar dormir, ouvi a chuva bater no telhado, mas nunca me passou pela cabeça que era neve.”
Brincalhona, calçou as botas de borracha e foi das mais entusiastas na arte de atirar bolas aos vizinhos. “Isto é muito divertido e, apesar do frio, que me obriga a ter os bichos em casa, estou muito satisfeita com tanta gente que rumou até ao sítio”, confessou a octogenária.
VAGA DE FRIO DO PAÍS

QUEDAS
O gelo acumulado no chão após o nevão em Évora, domingo, provocou ontem dezenas de quedas e levou ao encerramento de escolas no período da tarde. Durante a manhã deram entrada nas urgências do hospital distrital 47 pessoas que apresentavam fracturas e contusões.
ESTRADAS
Às 11h00 de ontem, 17 estradas nacionais estavam cortadas ou condicionadas em todo o território continental, devido à formação de gelo na via. Nessa altura estavam fechados, no Algarve, os acessos ao Alto da Fóia. Pelas 14h00 permaneciam condicionadas nove estradas.AQUECIMENTOHá 700 mil casas no País que não dispõem de aquecimento, o que significa que 2,2 milhões de pessoas passam frio, diz o Censos 2001 do Instituto Nacional de Estatística. O INEM registou estes dias muitos incidentes devido à utilização de lareiras.

Teixeira Marques/José Carlos Eusébio


O trânsito esteve cortado na A6 devido ao muito gelo na estrada

A queda de neve e a formação de gelo nas estradas, passeios e casas na região de Évora causou nos últimos dois dias uma afluência acima da média às urgências do hospital daquela cidade devido a quedas e acidentes.
Até ao final da tarde de ontem tinham dado entrada na unidade cerca de 60 doentes, a maioria adultos e crianças, vítimas de entorses, fracturas e ferimentos causados por acidentes no gelo e na neve. O serviço de ortopedia foi que o que teve maior afluência, registando o dobro dos casos diários.
“Até ao final da tarde [de ontem] as urgências registaram um aumento de cerca de 20 por cento na afluência, já o serviço de ortopedia teve o dobro da média”, disse ao CM Manuel Carvalho, director clínico do Hospital do Espírito Santo em Évora.
A maior parte dos casos clínicos, segundo este responsável, deveu-se a quedas, de onde resultaram situações traumatológicas. “Também chegaram às urgências casos mais preocupantes, como fracturas resultantes não só das quedas, mas também de alguns acidentes”, acrescentou Manuel Carvalho, adiantando ainda não ter havido casos de hipotermia.Luís Gião, de 92 anos e residente em Évora, foi uma das vítimas do gelo. “Estava um sol tão bonito de manhã que quis ir para a rua, mas num dos degraus da entrada escorreguei devido ao gelo e caí desamparado, batendo com as costas nas escadas”, disse o idoso, que na altura estava numa cadeira de rodas por precaução. “Fiquei bastante magoado, mas felizmente não tive fracturas”, referiu.
Ao longo do dia, segundo uma funcionária da urgência, os bombeiros não tiveram mãos a medir e foram sobretudo adultos e crianças das escolas de Évora a procurar esta unidade. Devido às várias quedas de alunos, alguns dos estabelecimentos de ensino encerraram durante a manhã.
FALTA AQUECIMENTO

Há 700 mil casas no País que não dispõem de aquecimento, o que significa que dois milhões e duzentas mil pessoas passam frio, diz o Censos 2001 do Instituto Nacional de Estatística. Ainda assim, e apesar do frio e da queda de neve de anteontem, o INEM não registou um aumento de ocorrências. A utilização de lareiras esteve na causa da maior parte dos incidentes. Também o centro de apoio, criado pela Câmara Municipal de Lisboa, ficou aquém da lotação de 200 pessoas e acolheu 84 sem-abrigo. Na serra de Montejunto, 35 escoteiros da Amadora foram surpreendidos por um nevão e obrigados a pernoitar na base militar. Ontem os termómetros subiram ligeiramente (tendência que se mantém hoje), embora com temperaturas negativas em Braga, Bragança, Castelo Branco, Portalegre e Beja.

Pedro Galego (Évora)


Fonte: Correio da Manhã Online (31/01/06)
AUTO-ESTRADA CORTADA NA ZONA DE SANTARÉM DEVIDO À QUEDA DE NEVE

A Auto-estrada n.º1 está cortada ao trânsito, entre Leiria e Santarém, devido à queda de neve, disse à Agência Lusa o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém. A mesma fonte acrescentou que a circulação foi interrompida às 10:45, nos dois sentidos, estando o trânsito a ser desviado para as estradas nacionais.
De acordo com o CDOS de Santarém, está a nevar em 12 concelhos do distrito, sobretudo nos situados mais a norte, entre eles Ourém, Abrantes, Tomar e Alcanena. Segundo o comandante distrital, Joaquim Chambel, a neve começou também a cair em concelhos mais a sul, como Rio Maior e Santarém.
Joaquim Chambel adiantou que, além da A1, há um conjunto de estradas nacionais e municipais onde é praticamente impossível circular, nomeadamente entre Tomar e Ourém e no eixo Tomar, Martinchel, Abrantes.
Em outras vias do distrito de Santarém a circulação faz-se com dificuldade, estando os bombeiros, dotados de viaturas todo-o-terreno, juntamente com a GNR e a Brigada de Trânsito, a prestar apoio nas estradas mais afectadas, disse, apelando à população para não sair de casa. O piso escorregadio provocou vários despistes de carros que depois "não conseguem sair das valetas cheias de neve", afirmou.
No distrito de Leiria, os bombeiros foram chamados para retirar carros atolados na neve em Mira d'Aire (Porto de Mós) e Chainça (Leiria), disse fonte do CDOS local.
Depois de uma noite com muita chuva, ao início da manhã nevou em vários locais do distrito, nomeadamente nas zonas mais altas, inseridas no Maciço Calcário Estremenho que engloba o Parque Natural das Serras d'Aire e Candeeiros. Os concelhos de Pombal e Ansião também despertaram hoje com um manto de neve que cobre os campos, mas não se verificou nenhum problema adicional que obrigasse à intervenção dos bombeiros.

Fonte: O Mirante, Diário Online (29/01/06 12h06)


E PORTUGAL VESTIU-SE DE BRANCO

Algarve, Alentejo, Lisboa, Figueira da Foz... e outros locais mais habituais: Um manto branco cobriu ontem o país, com especial destaque para o Sul. A capital teve neve 52 anos depois, assim como o santuário de Fátima ou o Templo de Diana.
Mais de um século depois, a capital voltou a vestir-se de branco. Uma onda de frio atingiu o território nacional registando-se queda de neve no Algarve, na zona da Fóia, serra de Monchique, também em Portalegre, na serra de S. Mamede, e Évora, bem como outros locais no Alentejo (Estremoz, Redondo, Montemor-o-Novo, Vila Viçosa, Mora, Arraiolos, Borba, Alandroal, Reguengos de Monsaraz e Portel).
Em Marvão, a neve também começou a cair ainda no sábado à noite, sendo ainda visível ontem de manhã.
Na Figueira da Foz, a neve caiu com bastante intensidade, sendo de registar que nao havia flocos de neve na cidade desde há cerca de 20 anos. A vaga de frio levou também a neve ao centro de Setubal e a Palmela, atingindo também os concelhos de Almada, Amadora, Barreiro, Vila Franca de Xira, Mafra, Loures e Sintra, entre outras.
Tudo isto sem problemas. Apenas a alegria de brincar com a neve, que levou muitos a desafiar o frio. O pior foi no tráfego. Apesar de ao início da noite já tudo se encontrar desimpedido, houve vários troços de auto-estrada que estiveram encerrados devido à queda de neve, mantendo somente encerrado o troço de ligação entre Marateca e Borba, na A6, segundo informações recolhidas pela Lusa junto da Briga de Trânsito e da Brisa. Fonte da BT disse à agência Lusa que a circulação automóvel já havia sido restabelecida por volta das 20h em todos os troços das auto-estradas encerrados, nomeadamente a A1. Durante a tarde, a queda de neve em vários pontos do país obrigou ao encerramento de troços das auto-estradas da A8, e A15, além da A6.

A Autoestrada n.º1 encerrou entre Leiria e Santarém por volta das 10h45, nos dois sentidos, sendo o trânsito desviado para as estradas nacionais. Em outras vias do distrito de Santarém a circulação fez-se com dificuldade, estando os bombeiros, dotados de viaturas todo-o-terreno, juntamente com a GNR e a Brigada de Trânsito. O piso escorregadio provocou vários despistes. Em Leiria, os bombeiros foram chamados para retirar carros atolados na neve em Mira d’Aire (Porto de Mós) e Chainça (Leiria).
A situação esteve também complicada na Serra de Montejunto, onde dezenas de pessoas ficaram bloqueadas pela neve dentro dos automóveis, sendo recolhidas pelos bombeiros e encaminhados para unidade militar local.

Beira Interior - Água “encanou” na Guarda.

As baixas temperaturas na Guarda provocaram a ruptura de instalações de água, designadamente contadores e canalizações, afectando casas e lojas. O responsável pela Protecção Civil Municipal, Granja de Sousa, afirmou que esta situação ocorreu no centro e nas aldeias do concelho. Nas principais ruas da cidade lançou-se areia e sal para derreter o gelo que dificultou o trânsito, que foi impedido no Centro Histórico. Os Bombeiros Voluntários foram chamados a socorrer automobilistas e a GNR interveio na A-25, onde um pesado de mercadorias se despistou por causa do gelo, perto do nó de Pinhel, provocando três feridos ligeiros.

Castelo Branco sem incidentes

A neve chegou ontem de manhã à vila de Oleiros, bem como às zonas circundantes dos concelhos de Proença-a-Nova e Sertã. Segundo o Centro Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Castelo Branco, cerca das 12h30 estava a nevar em Oleiros e também nas serras do Muradal e Alvelos, situadas entre aquela vila e os concelhos de Proença-a-Nova, Sertã e Castelo Branco. A mesma fonte disse não haver estradas cortadas, nem registo de acidentes ou chamadas de emergência devido à neve, que caiu com pouca intensidade.

Alterações climáticas

Os dias vão ser mais quentes no futuro, apesar das vagas de frio episódicas, afirma o coordenador do SIAM II, um projecto que traça cenários e impactos para as alterações climáticas em Portugal, que é apresentado hoje. “É preciso distinguir a média das temperaturas e da precipitação ao longo do ano da variabilidade. A queda de neve também já ocorreu no passado e isso não altera muito as médias”, declarou à agência Lusa Filipe Duarte Santos. O cientista sublinhou que se mantém a tendência global dos últimos 30 anos para médias de temperatura mais elevadas. O aquecimento global vai afectar também Portugal, com impactos significativos em vários sectores económicos como comprovaram os investigadores que participaram no projecto SIAM.

Fonte: O Primeiro de Janeiro Online

domingo, 29 de janeiro de 2006

110. Fotografias sobre a queda de neve

Alandroal (Praça da República)
Arredores do Alandroal
Arredores dos Arcos (Estremoz)
Ludgero Brioa

109. Evolução da depressão

Esta imagem permite observar a localização do centro de baixas pressões que hoje condicionou o estado do tempo no Centro e Sul do Continente. A sua trajectória tem sido quase paralela à linha da costa ocidental do Continente; associada à entrada em altitude de uma massa de ar fria procedente da Europa Central, tem sido a responsável pela precipitação que hoje afectou o Continente, especialmente as regiões do Centro e do Sul.
A depressão continua em deslocamento para Sul, pelo que vão cessando as precipitações progressivamente, de Norte para Sul.
Espera-se uma noite fria, pelo que grande parte da neve acumulada no solo deve-se transformar em gelo durante a madrugada.
O Sol deverá regressar amanhã a todo o Continente.

108. Publicação de fotografias

Agradeço o envio de fotografias relativas à queda de neve de hoje (formato JPG) para serem publicadas aqui no Blog. Não se esqueça de referir o local da foto e o seu nome. Utilize o seguinte endereço: gerofil@gmail.com
Agradeço a colaboração de todos.
Estremoz, 29 de Janeiro de 2006, 15h30, 0,5 ºC, com aguaceiros de neve desde as 11h00.
Ludgero Brioa

sábado, 28 de janeiro de 2006

107. Fim de semana frio e com neve

Esta imagem de hoje, Sábado, vem confirmar as previsões meteorológicas feitas para este fim de semana. Para além da já sentida descida de temperatura, a partir desta tarde/noite começara a aumentar a nebulosidade em todo o Continente, progredindo de Norte para Sul. As precipitações, inicialmente no norte e depois estendendo-se ao resto do continente, irão ser de neve em grande parte do interior.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2006

106. Contraste entre o Norte e o Sul

Fonte da imagem de Satélite:


Esta manhã foi nítido o contraste entre as massas de ar que afectaram Portugal Continental: enquanto que pelo Norte de Portugal Continental se observa a aproximação de uma massa de ar relativamente fria, procedente da Europa Central, que deixava já alguma precipitação nas regiões próximas do Cantábrico, em Espanha, as regiões do Sul de Portugal Continental estavam sob a influência de uma massa de ar mais temperada e húmida, que deixava alguma precipitação, particularmente no litoral do Algarve (44 mm em Faro e 36 mm em Sagres entre as 18h00 de ontem e as 18h00 de hoje, segundo o WEATHERONLINE), fruto da presença de uma depressão a Sudoeste do Algarve, em deslocamento para Leste/Nordeste, que originou um fluxo de ar particularmente intenso de Sueste.

105. Previsão do Estado do Tempo

Fonte: http://www.knmi.nl/
Situação Sinóptica – Sexta-feira, 27 de Janeiro de 2006

A situação está a caracterizar-se pela formação, sobre a Península Ibérica, de uma depressão gerada pela conjunção de duas massas de ar muito contrastadas: a primeira consiste na chegada à Península Ibérica, procedendo da Europa Central, de uma massa de ar frio, de origem polar continental, situação já hoje notada sobre o Norte da Península, enquanto a segunda é uma massa de ar temperada e húmida de procedência atlântica, que hoje já está a afectar o Sudoeste e Sul peninsular, com um centro de baixas pressões a aproximar-se do Golfo de Cádiz. O contacto entre estas duas massas de ar vai causar uma acentuada instabilidade, originando a formação de uma depressão a todos os níveis da atmosfera.

Previsão do Estado do Tempo

DIA 28 DE JANEIRO DE 2006 – SÁBADO

CÉU POUCO NUBLADO OU LIMPO, AUMENTANDO GRADUALMENTE DE NEBULOSIDADE, DE NORTE PARA SUL, A PARTIR DA TARDE.
VENTO FRACO A MODERADO DO QUADRANTE NORTE, SOPRANDO TEMPORARIAMENTE MODERADO A FORTE NO LITORAL A SUL DO CABO CARVOEIRO. NAS TERRAS ALTAS, O VENTO SERÁ MODERADO A FORTE DE NORDESTE, COM RAJADAS, RODANDO PARA NORTE E ENFRAQUECENDO PARA MODERADO.
AGUACEIROS A PARTIR DO FIM DA TARDE, MAIS INTENSOS E FREQUENTES NO LITORAL OESTE A SUL DO CABO CARVOEIRO, E QUE SERÃO DE NEVE ACIMA DOS 800 METROS NAS REGIÕES DO NORTE, DO CENTRO E DO ALTO ALENTEJO, DESCENDO A COTA PARA OS 400 A 600 METROS PARA O FIM DO DIA.
DESCIDA DA TEMPERATURA, MAIS ACENTUADA DA MÍNIMA E NAS REGIÕES DO SUL. FORMAÇÃO DE GELO OU DE GEADA.
ESTADO DO MAR
COSTA OCIDENTAL: ONDAS DE NOROESTE COM 2 A 2,5 METROS. COSTA SUL: ONDAS DE SUDOESTE COM 2 A 2,5 METROS, DIMINUINDO PARA 1 A 1,5 METROS
DIA 29 DE JANEIRO DE 2006 - DOMINGO
PERÍODOS DE CÉU MUITO NUBLADO, DIMINUINDO DE NEBULOSIDADE PARA O FIM DO DIA. VENTO EM GERAL FRACO DO QUADRANTE NORTE, SOPRANDO TEMPORARIAMENTE MODERADO, COM RAJADAS, NO LITORAL A SUL DO CABO CARVOEIRO E NAS TERRAS ALTAS. AGUACEIROS, MAIS FREQUENTES NO LITORAL A SUL DE SINES ATÉ AO INICIO DA MANHÃ ONDE HÁ CONDIÇÕES FAVORÁVEIS À OCORRÊNCIA DE TROVOADAS QUE SERÃO DE NEVE ACIMA DOS 400 A 600 METROS NAS REGIÕES DO NORTE, DO CENTRO E DO ALTO ALENTEJO.
DIA 30 DE JANEIRO DE 2006 - SEGUNDA-FEIRA
TEMPO FRIO COM CÉU POUCO NUBLADO OU LIMPO. VENTO EM GERAL FRACO DO QUADRANTE NORTE, SOPRANDO MODERADO NO LITORAL A SUL DO CABO CARVOEIRO E TERRAS ALTAS.
PEQUENA DESCIDA DA TEMPERATURA MÍNIMA NAS REGIÕES DO SUL. PEQUENA SUBIDA DA TEMPERATURA MÁXIMA, MAIS SIGNIFICATIVA NAS REGIÕES DO INTERIOR.
FORMAÇÃO DE GELO OU DE GEADA.
NEBLINA MATINAL.

104. E às 10h00 de 27 de Janeiro de 2006

quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

103. Ponto da situação às 22h00 de 5ª Feira, 26.01.2006


Nesta imagem é possível observar o centro de uma depressão ao norte do Arquipélago da Madeira, aproximadamente à latitude de Lisboa, à qual se encontra associada um sistema frontal que se encontra em deslocamento para leste e que esta noite vai começar a afectar directamente o território do continente, começando pelo Algarve e progredindo para norte. Entretanto, pode-se também observar a entrada de uma massa de ar frio pelo norte da Península Ibérica, procedente da Europa Central.
O confronto entre o sistema frontal, que transporta consigo uma massa de ar temperada e húmida, com a massa de ar fria proveniente da Europa Central irá criar condições para uma instabilidade atmosférica na Península Ibérica, reforçada pela presença de ar frio em altitude, na troposfera. Como consequência, o estado do tempo tornar-se-á instável, com ocorrência de precipitação e de ventos moderados durante os próximos dias.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

102. Situação Sinóptica – A partir de Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2006

Carta sinóptica prevista para Sexta-feira, 27/01/2006 (12h00)

Temos por diante uns dias complicados sobre a Península Ibérica, sobretudo no que diz respeito a previsões meteorológicas.
Se por um lado, vai ocorrer, sobre a Península Ibérica, a entrada de uma massa de ar temperada procedente do Oceano Atlântico, por outro lado iremos ter também a chegada à Península de uma massa de ar bastante fria proveniente da Europa Central.
A colisão entre estas duas massas de ar dará origem a uma acusada instabilidade, sendo para já difícil diagnosticar com maior precisão a cota de neve nas várias regiões do Continente, uma vez que a mesma vai depender muito da posição em que se vá localizar o núcleo da massa de ar mais fria.
Esta situação será um pouco análoga, uma vez que se trata de uma perturbação de evolução retrógrada, ou seja, com tendência contrária à circulação zonal normal, e com um movimento bastante errático.
A situação já está, hoje, caracterizada pela entrada pelo sudoeste, da Península Ibérica, de uma pequena depressão constituída por uma massa de ar húmida e temperada de origem atlântica. Por outro lado, já se regista também um fluxo de ar frio com origem polar continental sobre a Alemanha, que vai avançando em sentido retrógrado, em direcção ao sudoeste da Europa; esta massa de ar é bastante fria, de cerca de -35ºC a 5300 metros de altitude e de -10ºC a 1400 metros de altitude, e entrará pelo nordeste da Península Ibérica dentro de 24 horas. Finalmente, ambas as massas de ar vão colidir e misturar-se, dando origem a uma grande instabilidade e a uma depressão fria em todas as camadas da troposfera.
Dependendo da exacta localização do núcleo central da depressão fria que se originar, assim será condicionado o estado do tempo em Portugal Continental. Em princípio, estarão reunidas condições de instabilidade no Continente, prevendo-se a ocorrência de precipitação e, provavelmente, a possibilidade de vir a ocorrer queda de neve a uma cota bastante baixa em algumas regiões do interior. Haverá ainda a sensação de muito frio, provocada por vento moderado do quadrante norte.
É a evolução que, por enquanto, se pode observar nos modelos de previsão, como tal, esta previsão pode mudar, consoante for a localização final do centro da depressão fria que se prevê que se venha a formar sobre a Península Ibérica.

101. Aproximação de linha de instabilidade (Imagem de Satélite)

Nesta imagem das 11h00 de hoje (25 de Janeiro) pode-se observar a aproximação ao Continente de uma linha de instabilidade proveniente do Atlântico. Esta linha de instabilidade irá condicionar o estado do tempo em Portugal Continental, sobretudo a partir do fim da tarde e início da noite, com a ocorrência de precipitação, inicialmente no Algarve e progredindo posteriormente para as restantes regiões do sul e do centro, onde as precipitações serão em menor quantidade.
O vento marcará presença, podendo ser forte nas terras altas do centro e do sul.

terça-feira, 24 de janeiro de 2006

100. MADEIRA: Previsões de ventos com rajadas de 110 Km

O Serviço Regional de Protecção Civil (SRPC) da Madeira emitiu um aviso de mau tempo para o arquipélago devido às previsões de ventos fortes, com rajadas que poderão atingir os 110 quilómetros nas zonas montanhosas.
A SRPC desaconselha a circulação automóvel e apeadas nas zonas altas ou expostas, sobretudo os percursos pedestres habitualmente efectuados por turistas nas serras da ilha da Madeira.
De acordo com as previsões do Instituto de Meteorologia, o vento será forte a muito forte de Oeste, sendo muito forte nas zonas montanhosas, com rajadas na ordem dos 100 quilómetros horários.
Aguaceiros, que poderão ser de neve nos pontos altos da ilha, e condições favoráveis à ocorrência de trovoadas estão também previstos para as próximas horas nesta Região.
Estas condições levaram a Capitania do Porto do Funchal a emitir igualmente um aviso de mau tempo para o mar, esta manhã, recomendando a todas as embarcações que regressem aos portos de abrigo.
FONTE: Agência LUSA

99. Instabilidade de Sul para Norte

Carta Sinóptica de Superfície prevista para 25 de Janeiro de 2006
As condições meteorológicas no Continente iniciam hoje uma mudança significativa, traduzindo-se no aumento da nebulosidade sobre por nuvens altas. O anticiclone que tem condicionado o estado do tempo em Portugal Continental nos últimos dias vai estender-se em crista, a partir de hoje, até à latitude das Ilhas Britânicas, o que passará a provocar uma situação de bloqueio que, como consequência, fará deslocar uma depressão atlântica para latitudes mais baixas que o habitual. Esta depressão, associada à entrada de ar frio em altitude, vai aproximar-se à Península Ibérica, pelo Sudoeste.
Assim, já hoje haverá um aumento da nebulosidade no Continente e, para amanhã, a depressão atlântica afectará directamente o território de Portugal Continental, provocando precipitações que serão generalizadas nas regiões do sul, sendo mais escassas quanto mais para norte. O vento marcará presença, com rajadas que podem vir a alcançar os 100 quilómetros por hora em alguns locais do centro e do sul do continente Estas condições de tempo deverão manter-se também na Quinta-feira.
As condições de instabilidade e de precipitações por vezes fortes irão manter-se para Sexta-feira nas regiões do sul do continente, enquanto que nas regiões do norte haverá uma tendência para a diminuição das condições de instabilidade.
Resumindo, as regiões do sul do continente serão as mais afectadas, ao longo dos próximos dias, em termos de instabilidade e de precipitação.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2006

98. Noções de Meteorologia - Conceitos teóricos fundamentais de meteorologia sinóptica (II)

Relação entre a carta sinóptica de superfície e a circulação geral da atmosfera em altitude
* * *
(A - Carta Sinóptica de Superfície)
prevista para 24 de Janeiro de 2006

(B - Circulação Geral da Atmosfera aos 500 hPa)

previsto para 24 de Janeiro de 2006

Fonte: http://www.ecmwf.int/

Se compararmos um mapa da circulação geral da atmosfera em altitude (por exemplo, a carta de 500 hPa) com a carta sinóptica à superfície, pode-se verificar que, à nossa latitude:
-os centros de baixa pressão em superfície (ou depressões) localizam-se à direita da extremidade dos vales depressionários que aparecem nos mapas da circulação geral da atmosfera em altitude (onde as isoípsas têm o seu ponto de inflexão), deslocando-se para oriente até a uma velocidade que pode atingir os 60 % da velocidade do vento a 500 hPa. Nos centros de baixa pressão, no Hemisfério Norte, o rumo do vento tem o sentido oposto ao de um ponteiro de um relógio.
-os centros de alta pressão à superfície (ou anticiclones) localizam-se à direita da extremidade das cunhas ou cristas de altas pressões que aparecem nos mapas da circulação geral da atmosfera em altitude, deslocando-se também, na nossa latitude, para o lado oriental. Nos centros de alta pressão, no Hemisfério Norte, o rumo do vento tem o mesmo sentido que um ponteiro de um relógio.

domingo, 22 de janeiro de 2006

97. Alterações climáticas em debate no Alentejo

“As alterações climáticas e a gestão dos recursos hídricos no Alentejo” são temas a debater em conferência, em Fevereiro, em Évora e em Alqueva.
A generalidade das previsões e cenários apontam para um futuro com temperaturas mais elevadas e menos água com a bacia do Mediterrâneo a ser das regiões mais atingidas pelas alterações climáticas. Que impactos poderá ter uma tal evolução numa região como o Alentejo?, é a questão central da conferência "As alterações climáticas e a gestão dos recursos hídricos no Alentejo".
"Impactos previsíveis das alterações climáticas no Alentejo e a questão dos recursos hídricos", abre o plenário temático do dia 17, com início às 10 horas. João Corte Real, professor do Centro de Geofísica de Évora, Vítor Louro, presidente da Comissão de Coordenação do Programa de Acção Nacional de Combate à Desertificação, e Canudo Sena, coordenador distrital da Protecção Civil de Beja são os conferencistas. Às 11 e 30 horas tem lugar o segundo tema da conferência: "Conteúdos principais e balanço da articulação entre os principais instrumentos de gestão dos recursos hídricos – sugestões de medidas a adoptar", por um conferencista do Instituto da Água e pelo engenheiro João Bau. Depois de almoço, por volta das 15 horas, Manuel Camacho, da Associação de Municípios Alentejanos para a Gestão do Ambiente, e Coelho de Carvalho, da Águas de Portugal, são os conferencistas convidados a debater o tema do "Abastecimento de água à população no Alentejo – situação presente e perspectivas futuras". O último tema da conferência versa as "Disponibilidades e utilização da água na produção agro-alimentar, energética e no turismo, no Alentejo", e sobre ele foram convidados a conferenciar Isaurindo Oliveira, do Centro Operacional e de Tecnologia de Regadio, João Andrade Santos, presidente da Associação das Regiões de Turismo do Alentejo, e ainda a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas de Alqueva – EDIA.
O segundo dia da conferência é preenchido, precisamente, com uma visita a Alqueva, com partida marcada para as 10 horas, na EDIA.
São entidades promotoras da conferência, que tem sessão de abertura marcada para as 9 horas do dia 17, no auditório da Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), em Évora, a Casa do Alentejo, a Revista Alentejo, a Associação de Municípios do Distrito de Évora, a Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral, a CCDRA, o Centro de Geofísica de Évora, a fundação Alentejo-Terra Mãe, a Ruralentejo, o Centro de Documentação e Arquivo da Reforma Agrária e a Associação das Regiões de Turismo do Alentejo.
Fonte: Alandro al

96. Domingo, 22 de Janeiro

Imagem de Satélite (13h17)

Céu pouco nublado ou limpo
Nevoeiro matinal nas regiões do Centro e Sul do Continente
(particular incidência no Vale do Rio Guadina junto ao lago da Barragem do Alqueva)
Fonte:

quinta-feira, 19 de janeiro de 2006

95. Próximos dias: tempo estável

Carta Sinóptica de Superfície prevista para Domingo, dia 22 de Janeiro de 2006

Não se observam mudanças significativas na situação sinóptica sobre a Península Ibérica. As altas pressões estendem-se desde o anticiclone dos Açores, abrangendo a Península Ibérica e estendendo-se à Europa Ocidental, ao mesmo tempo que nos níveis superiores da troposfera se consolida uma dorsal de ar anticiclónico quente e estável que reforçará as condições de estabilidade.
Com esta situação espera-se céu limpo ou pouco nublado e a ocorrência de inversões térmicas nocturnas que favorecerão o desenvolvimento de brumas e nevoeiros matinais.
Amanhã, Sexta-feira, vão-se manter condições similares com o anticiclone centrado sobre o território peninsular e a dorsal anticiclónica estável em níveis altos.
Durante o próximo fim-de-semana e inícios da próxima semana deve manter-se o predomínio das altas pressões e a estabilidade em níveis altos pelo que não se esperam mudanças nas condições meteorológicas.
A partir de finais da Terça-feira ou, mais provavelmente na Quarta-feira, uma depressão atlântica em aproximação ao Continente trará consigo nebulosidade e a possibilidade de precipitações.

terça-feira, 17 de janeiro de 2006

93. Geopotential 500 hPa


Mean sea level pressure, wind speed at 850 hPa and geopotential 500 hPa


Fonte: ECMWF (Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo)

92. Noções de Meteorologia - Conceitos teóricos fundamentais de meteorologia sinóptica (I)

Carta Sinóptica de Superfície prevista para 19 de Janeiro de 2006
* * *
A atmosfera meteorológica como um edifício de vários andares
* * *
Nos mapas meteorológicos representam-se as frentes e os centros de altas e baixas pressões, através de isóbaras. Estes sistemas “obedecem” estritamente a ordens emanadas desde zonas de maior altitude, na atmosfera. Portanto, para além de cartas sinópticas de superfície, é usual a elaboração de mapas com a representação em altitude de parâmetros meteorológicos, de modo que se possa entender a atmosfera como um grande edifício com vários andares.
Na atmosfera, o ar desloca-se em todas as direcções, não se restringindo apenas a um deslocamento horizontal; poderemos então falar também do deslocamento de massas de ar em altitude.
Os mapas que representam a circulação das massas de ar em altitude são idênticos aos mapas de superfície mas, em vez de terem traçadas isóbaras (linhas que unem pontos com igual valor de pressão), têm traçados linhas que unem pontos de igual altitude (isoípsas); cada mapa representa então uma superfície de igual pressão com a indicação da correspondente altitude.
Por outras palavras, um mapa que represente a circulação da atmosfera em altitude tem indicado a altura em metros geopotenciais a que se encontrará uma determinada superfície imaginária de ar que tenha o mesmo valor de pressão. Usualmente, nestes mapas aparecem também assinalados valores de temperatura, humidade e do vento. Diariamente são elaborados mapas de 850, 700, 500 e 250 hPa (hectopascais – unidade de medida da pressão atmosférica).
Os mapas que representam a circulação da atmosfera em altitude são mais simples e o vento é paralelo às linhas traçadas, sendo mais forte quanto mais juntas ou apertadas se encontrarem as isoípsas. As curvas que se formam com o traçado das isoípsas determinam a localização de cunhas ou cristas anticiclónicas ou vales depressionários.
No Hemisfério Norte, num vale depressionário em forma de U, a linha que se encontra na parte mais interior do mesmo indica a altitude mais baixa. No caso de uma cunha ou crista anticiclónica, em forma de U invertido, a linha que se encontra na parte mais interior do mesmo indica a altitude mais alta. Fazendo uma semelhança com a cartografia, um vale depressionário corresponderá mais a um vale propriamente dito, enquanto que uma cunha ou crista anticiclónica corresponderá a uma montanha.
No redor de um vale depressionário encontra-se quase sempre uma amplia área de mau tempo, enquanto que à volta das cunhas ou cristas anticiclónicas encontra-se uma amplia área de bom tempo.
Isto porque em redor dos vales depressionários ocorrem movimentos ascendentes de ar, o que faz com que o vapor de água existente nas camadas inferiores da atmosfera seja obrigado a subir e a arrefecer, o que vai obrigar à sua condensação e à formação de abundante nebulosidade que possivelmente originará precipitações. Pelo contrário, em torno das cunhas ou cristas anticiclónicas predominam movimentos descendentes, o que origina uma diminuição da humidade e a dissolução da nebulosidade.


Fonte: Wetterzentrale

domingo, 15 de janeiro de 2006

91. Bragança - Forte nevão corta principais acessos, nomeadamente o IP4

Várias vias do Distrito de Bragança, nomeadamente o itinerário principal (IP) 4 estão cortadas ao trânsito devido a um forte nevão que caiu hoje, informou a Brigada de Trânsito da GNR.
Segundo a fonte, várias viaturas encontram-se bloqueadas no IP4, nomeadamente na zona do Alto de Rossas, a cerca de 15 quilómetros de Bragança, e de Rio Frio, próximo da fronteira.
Fonte da Brigada de Trânsito disse à agência Lusa que estão a ser tomadas diligências para remover as viaturas, em número que não soube quantificar, mas que a principal via que liga o Porto à fronteira, em Bragança, vai manter-se encerrada por tempo indeterminado, se continuar a nevar com a mesma intensidade.
A via está cortada desde as 9h00.
O nevão cortou também o trânsito em outro ponto crítico da região, no Alto de Bornes, e na estrada nacional 315 junto ao cruzamento que dá acesso a esta zona, entre os concelhos de Alfândega da Fé e Macedo de Cavaleiros.
Outra estrada cortada é a nacional 216 que liga Macedo de Cavaleiros a Mogadouro.
Perante este cenário é impossível viajar de automóvel de Bragança em qualquer direcção, ou vice-versa.
A Brigada de Trânsito aconselha as pessoas a não circularem de automóvel.
A cidade de Bragança acordou hoje sob um manto branco e um forte nevoeiro.
Fonte: Agência LUSA

90. Domingo, 15 de Janeiro

As condições meteorológicas em Portugal Continental apresentam hoje condições de instabilidade que estão associadas à entrada e passagem de um sistema frontal proveniente do Atlântico, após o qual o Continente será afectado por uma massa de ar fria e húmida, relativamente e instável. Assim, desde as primeiras horas de hoje que se regista a ocorrência de precipitação, especialmente nas regiões do Norte e Centro, sendo de neve em áreas montanhosas.
O vento, inicialmente do quadrante sul, tenderá a rodar para noroeste, à medida que o sistema frontal se for deslocando para o interior da Península Ibérica.

Fonte: Operational Weather Squadron (OWS)

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

88. Instabilidade para o fim-de-semana

Carta Sinóptica prevista para Sábado, dia 14 de Janeiro, às 12h00
Fonte: OWS

O estado do tempo em Portugal Continental será condicionado, a partir de hoje, pela aproximação e passagem de duas superfícies frontais que se deslocam de Oeste para Este.
Assim, uma primeira superfície frontal atravessará o continente entre a segunda metade do dia de hoje e o início do dia de amanhã. A segunda superfície frontal, que entretanto será mais activa que a primeira, atravessará o território do continente já durante o Domingo.
A presença de alguma instabilidade ao nível da troposfera tenderá também a reflectir-se na instabilidade do estado do tempo ao longo do fim-de-semana.
Para além da chuva, haverá queda de neve nas regiões montanhosas do Norte e Centro do Continente.
Possibilidade de trovoadas e vento moderado vão marcar presença, sobretudo durante a passagem da segunda superfície frontal.
A temperatura tenderá a baixar, sobretudo no que se refere aos valores máximos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

87. Evolução sinóptica nos próximos dias

Carta Sinóptica prevista para dia 13 de Janeiro de 2006
Fonte: Met Office


Previsão do estado do tempo para os próximos dias, elaborada pelo Instituto de Meteorologia:

Sexta-feira, dia 13

REGIÕES DO NORTE E DO CENTRO: Céu geralmente muito nublado, em especial por nuvens altas até ao início da tarde. Vento em geral fraco (inferior a 20 km/h), predominando do quadrante sul, tornando-se moderado (20 a 30 km/h) no litorala norte do Cabo Carvoeiro. Períodos de chuva no Litoral a partir do fim da tarde, sendo por vezes moderada a norte do Cabo Mondego. Neblina ou nevoeiro matinal. Formação de geada nas regiões do Interior.

REGIÕES DO SUL: Períodos de céu muito nublado. Vento em geral fraco (inferior a 20 km/h), do quadrante sul, rodando para noroeste no fim do dia no Litoral. Chuva, por vezes em regime de aguaceiros, no Algarve estendendo-segradualmente ao Alentejo, sendo mais frequente a partir da tarde. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada no fim do dia,em especial no Algarve.Neblina ou nevoeiro matinal.

ESTADO DO MAR:

COSTA OCIDENTAL A NORTE DO CABO CARVOEIRO: Ondas de noroeste com 2 a 2,5 metros, aumentando gradualmentepara 3 metros para o fim do dia. Temperatura da água do mar: 14º C

COSTA OCIDENTAL A SUL DO CABO CARVOEIRO: Ondas de noroeste com 1,5 metros, aumentando gradualmentepara 2 a 2,5 metros para o fim do dia. Temperatura da água do mar: 15º C

COSTA SUL: Ondas de sueste com 1,5 a 2 metros, passandogradualmente para ondas de sul com 1,5 metros. Temperatura da água do mar: 15/16ºC

Sábado, dia 14

Céu geralmente muito nublado, tornando-se gradualmente pouco nublado nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela a partir da manhã. Vento em geral fraco, predominando de noroeste, soprando moderado no litoral a sul do Cabo Carvoeiro e nas terras altas. Chuva, passando a regime de aguaceiros a partir do início da manhã, em especial nas regiões do Norte e do Centro, e que serão de neve acima dos 1400 metros. Pequena descida da temperatura máxima, mais significativa no Litoral Norte e Centro. Pequena subida da temperatura mínima. Neblina ou nevoeiro matinal.

Domingo, dia 15

Céu muito nublado. Vento fraco a moderado do quadrante sul, soprando moderado, por vezes com rajadas, no litoral até ao início da tarde, rodando para noroeste no fim da manhã. Nas terras altas o vento será temporariamente forte de sudoeste, com rajadas, da ordem dos 80 km/h. Chuva, mais frequente e intensa no Litoral durante a manhã e tarde, passando gradualmente a regime de aguaceiros. Condições favoráveis à ocorrência de trovoada no Litoral a partir do fim da tarde. Pequena descida da temperatura mínima nas regiões do Interior. Neblina ou nevoeiro matinal.

Informação do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica

terça-feira, 10 de janeiro de 2006

86. Nuvem funil (ALBUFEIRA, 02/Setembro/2004)

Autor: Pedro Serrano

85. Arrancar gotas do céu à força

FOI NOTÍCIA À UM ANO

Cientistas da Universidade Lusófona juntaram-se à Força Aérea para fazer chover lançando químicos sobre as nuvens. A experiência realizou-se sobre Castelo Branco, Coimbra e Évora. Tudo para suavizar os efeitos do Janeiro mais seco dos últimos 100 anos
Provocar a chuva pode fazer lembrar a ideia romântica das danças índias, mas neste caso é bem real e a prová-lo estão os investigadores portugueses que pediram ajuda à Força Aérea (FA), cujo avião lançou ontem alguns compostos químicos sobre nuvens para fazer chover e contrariar os efeitos da seca.
O Hércules C130 que realizou a experiência foi pilotado por João Cristo e copilotado por Azevedo Santos, majores da FA escolhidos a dedo para uma missão cujo objectivo pode parecer mais milagre do que ciência para muitas pessoas. Na verdade, a experiência coordenada por Joaquim Ortigão, professor do Instituto de Estudos Ambientais e de Meteorologia da Universidade Lusófona, não é original.
O método consiste em lançar substâncias químicas sobre as nuvens para provocar a precipitação. “Vamos inseminar as nuvens”, dizia entusiasmado Joaquim Ortigão antes da viagem.“Já fizemos um voo idêntico em Agosto do ano passado com resultados positivos”, revelou Azevedo Santos. O avião foi carregado – nos receptáculos usados em situação de combate para largar engodo para mísseis – com 180 cartuchos pirotécnicos contendo os compostos químicos destinados a fazer chover. “Os cartuchos depois são lançados sobre as nuvens e rebentam no ar, libertando as substâncias”, explicou o major.As substâncias utilizadas dependem do tipo de nuvem a ser inseminado.
No caso de serem nuvens estratiformes – de pouca expessura – é usado o cloreto de cálcio, quando são nuvens de desenvolvimento vertical ou cumuliformes, as chamadas nuvens de tempestade, é lançado o iodeto de prata. Ambas as substâncias, nas quantidades utilizadas, foram consideradas inofensivas tanto por Francisco Ferreira, dirigente da Quercus, como por Eugénio Sequeira, da Liga para a Protecção da Natureza, ambos consultados pelo CM. Os dois ambientalistas asseguraram que a experiência não trazia qualquer risco para a saúde pública ou para o ambiente.
Experiências semelhantes são realizadas regularmente noutros países e, em Portugal, já foram feitas duas, todas coordenadas por Joaquim Ortigão. “Em 1999 usámos um Antonov russo e, em Agosto do ano passado, um Hércules C130 da FA”, lembra. Este ano, falta de chuva estava a pedir uma nova dose, mas a técnica só resulta quando há nuvens, o que não tem acontecido.
MÉTODO NÃO É INFALÍVEL
“Na maior parte das nuvens como as que vamos inseminar, não há ocorrência de precipitação por si só”, explica Ortigão. “Este processo aumenta em cinco vezes a probabilidade de precipitação”, assegurou em conversa com o CM dentro da aeronave, antes da descolagem. O método não é infalível e até ao fecho desta edição, nas regiões onde decorreu o experimento, não havia ainda notícia de ter havido chuva, de acordo com os correspondentes do CM em Coimbra, Castelo Branco e Évora.
OS HOMENS QUE FAZEM CHOVER
“Vamos sobrevoar aquelas nuvens lá ao fundo, passamos por Coimbra, circundamos por ali afora até a zona de Castelo Branco e seguimos para Évora”, explicava Joaquim Ortigão, o mentor do projecto, a João Cristo, o piloto do avião. Pouco depois, os dois embarcavam no Hercules C130, juntamente com um co-piloto, um navegador, um mecânico de voo e um operador de carga, além de sete elementos do projecto. Em terra, ficou uma equipa da Universidade Lusófona que monitorizou toda a experiência.
DESVIO DE NUVENS EM PROVÍNCIA CHINESA
A ideia de ‘bombardear’ as nuvens com iodeto de prata pode fazer rir os mais cépticos. A verdade, porém, é que vários países já tentaram fabricar chuva desta maneira. A própria Organização Meteorológica Munidal levou a cabo experiências de precipitação provocada – é este o termo exacto – em países de clima seco, nomeadamente a Líbia, a Tunísia, Israel e até a Espanha. O uso de iodeto de prata parece ter resultado, em 2004, na província chinesa de Henan. À inseminação seguiu-se a tão desejada chuva. No entanto, a precipitação distribuiu-se desigualmente, o que suscitou inimizade entre as cidades de Henan. As autoridades de cidade de Zhoukou, que apenas recebeu 30 milímetros de precipitação, acusaram as de Pingdingshan, beneficiada com 100 mm, de terem “desviado as nuvens”.
Rodrigo de Matos
FONTE: Jornal CORREIO DA MANHÃ, 24 de Fevereiro de 2005

segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

84. Noções de Meteorologia - A água na atmosfera (XVI) / Conclusão

O nevoeiro (Parte II)
* * *
O nevoeiro por radiação forma-se sobre terra firme, quando a superfície terrestre arrefece durante o período nocturno, principalmente durante as noites de céu limpo e serenas, ao não existirem nuvens que actuem como capa isolante.
Quando a terra perde parte do seu calor por radiação, sofre um rápido arrefecimento, acontecendo o mesmo com as camadas inferiores de ar atmosférico em contacto com o solo. Desta forma, se não sopra vento, a camada de ar em contacto com o solo fica encurralada entre a superfície terrestre e a camada de ar mais quente que se encontra por cima e que a impede de subir. Caso a camada de ar encurralada tiver uma quantidade de vapor de água suficiente, forma-se nevoeiro. Com a formação do nevoeiro, ocorre uma inversão térmica, isto é, a temperatura aumenta até determinada altitude, a partir da qual desce normalmente. Assim, os nevoeiros por radiação formam-se sempre por debaixo da altitude onde ocorre a inversão térmica.
Um factor essencial para que se forme nevoeiro por radiação consiste em que as massas de ar têm de estar estancadas, praticamente sem movimentos, pois uma ligeira brisa ou um vento mesmo muito débil é suficiente para dissipar a camada de ar que se encontre encurralada, fazendo com que o ar mais frio se misture com o ar mais quente que se encontra por cima.
Quanto aos nevoeiros que ocorrem em áreas montanhosas, trata-se quase sempre de uma nuvem baixa que se encontra em contacto com a superfície montanhosa. Nalgumas situações, este tipo de nevoeiro também pode ocorrer ao longo das vertentes das serras expostas aos oceanos, quando o ar quente e húmido procede do mar.
Textos traduzidos e adaptados a partir de Meteored.com

83. Aviso Meteorológico para a Madeira


O Instituto de Meteorologia prevê para hoje, na Madeira, a possibilidade de ocorrência de aguaceiros, por vezes fortes, e trovoadas dispersas.